Nesta segunda-feira (19), o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, se reúne com representantes de movimentos sociais no Palácio do Planalto para discutir o fim da escala de trabalho 6×1 e a reforma do Imposto de Renda. A pauta faz parte da preparação de um plebiscito popular organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
O encontro também contará com a presença de lideranças de entidades como a CNBB, UNE, MST, MTST e centrais sindicais. As frentes apresentarão o calendário da consulta pública e as estratégias para mobilização popular.
A proposta de emenda constitucional que visa alterar a jornada atual de até 44 horas semanais para 36 horas — com quatro dias de trabalho e três de descanso — foi protocolada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) em fevereiro, mas ainda não avançou na Câmara dos Deputados. Parlamentares de partidos da centro-direita se opõem à mudança e defendem que a jornada seja definida por acordo entre empregador e empregado.
No mesmo contexto, será discutido o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta, já em análise no Congresso, prevê a criação de um imposto para rendas superiores a R$ 50 mil como forma de compensação. O relator do projeto é o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara.
As discussões acontecem em meio à especulação sobre uma possível troca no comando da Secretaria-Geral, com o nome do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) sendo cogitado. Márcio Macêdo, no entanto, negou que haja conversas sobre sua saída do cargo.