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Anitta é diagnosticada com infecção bacteriana severa e segue em tratamento com antibióticos intravenosos

A cantora Anitta cancelou um show marcado para esta quarta-feira (18) após ser diagnosticada com uma infecção bacteriana severa. Segundo comunicado oficial, o tratamento exige repouso e uso de antibióticos diretamente na veia.

Em áudios enviados aos fãs, a artista revelou que já havia sido diagnosticada há alguns dias e esperava estar recuperada a tempo da apresentação, mas a evolução do quadro exigiu cuidados mais intensivos.

Até o momento, a assessoria da cantora não confirmou se ela está internada. Os detalhes médicos específicos não foram divulgados.



O que caracteriza uma infecção bacteriana severa?

Infecções bacterianas graves são provocadas por bactérias que se espalham rapidamente, geram forte inflamação e podem comprometer órgãos essenciais. Se não tratadas rapidamente, podem evoluir para sepse — uma condição grave que coloca a vida em risco.

As formas mais comuns desse tipo de infecção atingem o sistema urinário, trato gastrointestinal, pulmões e garganta. Mas elas também podem se desenvolver em outras partes do corpo, como pele, rins e gengivas.

Quais os principais sintomas?

  • Febre persistente

  • Batimentos cardíacos acelerados

  • Extremidades arroxeadas ou pálidas

  • Sonolência ou confusão mental

  • Dificuldade para respirar

Grupos mais vulneráveis

Crianças pequenas, idosos, gestantes, pessoas com imunidade comprometida e indivíduos que utilizam corticoides estão entre os mais suscetíveis ao agravamento dessas infecções.

Em alguns casos, a infecção gera uma resposta inflamatória exagerada do corpo, que pode se espalhar e atingir vários órgãos — condição conhecida como infecção generalizada ou sepse.

Diagnóstico e tratamento

A identificação da bactéria causadora é feita por meio de culturas de secreções, como sangue ou urina. Esse exame é fundamental para que os médicos definam qual antibiótico é mais eficaz.

O uso de antibióticos intravenosos é adotado principalmente no início do tratamento. Segundo o infectologista Jean Gorinchteyn, a medicação na veia atinge concentrações adequadas mais rapidamente, acelerando a eliminação da bactéria e o controle da inflamação.

O tempo de tratamento varia: de 7 a 10 dias em casos sem complicações; de 10 a 14 dias quando há agravamento.

Durante as primeiras 48 a 72 horas, os medicamentos são aplicados em hospital ou homecare, enquanto os médicos aguardam os resultados dos exames de cultura. Caso a bactéria seja resistente, o antibiótico é ajustado.

É importante destacar que antibióticos não têm efeito contra infecções virais. Nesses casos, antivirais específicos podem ser usados, como o Tamiflu, indicado para o vírus Influenza.

Riscos em caso de atraso no tratamento

O atendimento rápido é essencial para evitar complicações graves. Em quadros críticos, pode ocorrer o chamado choque séptico — quando a pressão arterial despenca e o paciente precisa de medicamentos para estabilização, como a noradrenalina.

Entre as possíveis complicações estão meningite e falência renal, especialmente se a bactéria atingir a corrente sanguínea ou o sistema nervoso central. Nesses casos, a internação em UTI e o uso de ventilação mecânica podem ser necessários.