Como a vítima conseguiu escapar e pedir socorro?
Uma mulher conseguiu pedir ajuda após ser mantida em cárcere privado e sofrer violência física e sexual do próprio companheiro em Itupeva (SP). Segundo o boletim de ocorrência, ela utilizou um celular para acionar um amigo e relatar os abusos, o que permitiu que a Guarda Civil Municipal (GCM) fosse chamada até o local. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Cabreúva.
A vítima relatou que mantinha um relacionamento com o suspeito há cerca de sete meses e desconfia estar grávida. Ao comunicar essa possibilidade ao agressor, as agressões teriam se intensificado. O homem chegou a ameaçá-la de morte, incluindo a possível criança. Após ser espancada, ela foi trancada em um banheiro da residência, onde conseguiu acesso a um celular escondido e enviou uma mensagem pedindo socorro.
O que a Guarda encontrou ao chegar na residência?
Quando os agentes da GCM chegaram ao imóvel, o portão eletrônico estava aberto. A mulher já havia saído do banheiro e apresentava diversas lesões no rosto. Aos guardas, ela relatou que foi agredida fisicamente pelo companheiro. Já o homem afirmou que teria sido mordido por ela e, por reflexo, a atingiu.
Ambos foram levados para atendimento médico. O suspeito apresentava apenas um ferimento superficial na mão. A vítima, por outro lado, apresentava sinais evidentes de agressão, incluindo fratura no nariz, alterações na região cerebral e sinais de violência íntima, segundo os exames realizados.
O que diz o histórico de violência?
De acordo com o depoimento da vítima, os episódios de violência eram recorrentes e envolviam agressões físicas, sexuais e psicológicas. Em situações anteriores, mesmo quando tentou pedir ajuda, era coagida pelo agressor a negar os fatos, sob ameaça de morte. Em algumas ocasiões, ele a mantinha trancada em um cômodo da casa para esconder os hematomas.
Ela ainda revelou que, ao ser notificado judicialmente sobre um processo do qual é réu, o agressor tentou forçá-la a testemunhar a seu favor. Como se recusou, foi novamente agredida e ameaçada, inclusive com retaliações à sua família.
O que acontece com o suspeito agora?
Após os atendimentos médicos e o registro policial, o homem foi preso preventivamente. A Justiça negou a possibilidade de fiança, e ele permanecerá à disposição das autoridades enquanto o caso é investigado.
A prisão preventiva foi decretada com base nas provas apresentadas, incluindo os relatos da vítima, exames médicos e o histórico de violência doméstica relatado.