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Especialistas descartam Trump como favorito ao Nobel da Paz 2025

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem defendendo publicamente que deveria receber o Prêmio Nobel da Paz 2025, alegando ter contribuído para a resolução de conflitos globais. No entanto, especialistas acreditam que ele não deve ser o vencedor, e o anúncio será feito nesta sexta-feira (10).

Trump foi formalmente indicado ao prêmio por países como Israel, Camboja e Paquistão, mas essas indicações ocorreram após o prazo para a edição de 2025, que terminou em 31 de janeiro, sendo válidas apenas para 2026. Ainda assim, o presidente insiste que seu trabalho na ONU e na resolução de conflitos justifica a honraria.

Analistas ressaltam que ações controversas de Trump podem pesar negativamente. "Ele retirou os EUA da OMS e do Acordo de Paris e iniciou uma guerra comercial contra antigos aliados. Isso não condiz com a promoção da paz", disse Nina Graeger, do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo.

O comitê norueguês, responsável pela escolha, desaprova campanhas públicas de influência sobre os indicados. Asle Toje, vice-líder do grupo, afirmou que tais iniciativas têm efeito mais negativo do que positivo na decisão.

Para 2025, especialistas apontam que o Nobel deve premiar uma organização humanitária ou internacional, com destaque para a ONU, que completa 80 anos, ou associações de jornalistas que atuam em zonas de conflito. Também estão no radar mediadores de cessar-fogo em conflitos menos visibilizados, especialmente na África.

Segundo o Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, cinco organizações se destacam como candidatas consistentes: Comitê para a Proteção dos Jornalistas; Salas de Resposta de Emergência do Sudão; Escritório para Instituições Democráticas e Direitos Humanos da OSCE e o Centro Carter; Liga Internacional das Mulheres pela Paz e Liberdade; e a Corte Internacional de Justiça/Tribunal Penal Internacional.

Halvard Leira, diretor do Instituto Norueguês de Assuntos Internacionais, reforça que o prêmio tende a retornar a critérios clássicos de paz, valorizando direitos humanos, democracia e liberdade de imprensa, tornando improvável a vitória de Trump em 2025.