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A Petrobras recebeu nesta segunda-feira (20) autorização do Ibama para perfurar um poço exploratório em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas. A licença marca o avanço de um processo que se estende há mais de dez anos e tem sido alvo de críticas de ambientalistas devido aos possíveis impactos na região.
O bloco FZA-M-059, localizado a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas e 175 quilômetros da costa, será o primeiro a passar por essa etapa. A perfuração deve começar de imediato e deve durar aproximadamente cinco meses.
De acordo com a estatal, o objetivo inicial é realizar estudos geológicos para verificar a presença de petróleo e gás em quantidade comercial.
Etapa exploratória
Neste momento, a atividade tem caráter apenas exploratório, sem produção de petróleo. Mesmo assim, a autorização é vista como um revés por ambientalistas que se opõem à exploração na área.
O bloco foi concedido em 2013, e o processo de licenciamento ambiental teve início em 2014. Em agosto deste ano, a Petrobras concluiu um simulado de emergência acompanhado pelo Ibama, comprovando sua capacidade de resposta e segurança operacional.
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Próximos passos
Antes de qualquer extração efetiva, a Petrobras precisará:
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confirmar a existência de petróleo em volume viável para produção;
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declarar a comercialidade da área, dando início à fase de desenvolvimento;
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obter uma nova licença ambiental específica para a produção.
Reações
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a decisão e afirmou que a Margem Equatorial representa o futuro da soberania energética do Brasil.
“O país não pode abrir mão de conhecer seu potencial. Garantimos que a exploração seja feita com total responsabilidade ambiental e dentro dos mais altos padrões internacionais”, destacou o ministro.
Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou em entrevista anterior ao g1 que a Petrobras precisa ampliar seus investimentos em energia limpa. “Empresas como a Petrobras devem ir além da exploração de petróleo e se tornar geradoras de energia, com foco crescente em fontes renováveis”, afirmou.
