O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (13), em Roma, que a desnutrição tem sido usada como arma de guerra na Palestina. A declaração foi feita durante o discurso de encerramento da segunda reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, evento promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
Lula destacou que o fórum internacional tem apoiado projetos voltados a comunidades vulneráveis, incluindo mulheres e crianças em áreas afetadas por conflitos. “Já temos 9 projetos-piloto prontos. Na Palestina, onde a desnutrição tem sido cruelmente usada como arma de guerra, vamos apoiar programas de atenção especial”, disse o presidente.
O mandatário brasileiro aproveitou o momento para ressaltar a saída do Brasil do Mapa da Fome e reforçou a importância de políticas públicas que incluam os mais pobres no orçamento, além de apelar a bancos multilaterais e países doadores para que mobilizem recursos contra a pobreza global. “A inclusão social não pode ser apenas uma promessa — ela precisa estar refletida na arquitetura fiscal, nos investimentos públicos e nos planos de transformação produtiva”, afirmou.
O pronunciamento ocorre poucos dias após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que resultou na libertação de 20 reféns vivos pelo grupo terrorista e na libertação de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel, incluindo 250 condenados à prisão perpétua por crimes cometidos contra cidadãos israelenses. O acordo ainda prevê a devolução dos restos mortais das vítimas falecidas, com o auxílio de uma força-tarefa da Turquia.
Até o momento, não há posicionamento de Lula sobre o acordo entre Israel e Hamas ou sobre a situação dos reféns mortos e dos corpos ainda não localizados.
