Pesquisar este blog

Novo crédito imobiliário: a virada que a classe média esperava!

 Você já ouviu falar da nova linha de crédito imobiliário que está sendo desenhada pelo governo? Se não, prepare-se: pode ser o grande ponto de virada do mercado, é uma reformulação completa de como o Brasil financia moradia.

E o marco dessa virada é janeiro de 2027, quando entra em vigor o novo modelo de crédito habitacional em sua forma integral.

Se você está pensando em comprar um imóvel nos próximos anos para sair do aluguel, ou quer entender como isso pode mexer com os juros, preste atenção, porque esse assunto vai te colocar na frente da maioria.

O que acontece em janeiro de 2027?

A partir de janeiro de 2027, entra em vigor o novo modelo de crédito habitacional, anunciado oficialmente pelo governo federal e estruturado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central.
 Essa mudança foi apresentada como a “fase plena” da modernização do crédito imobiliário brasileiro — uma evolução do atual Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

Até lá, 2025 e 2026 serão anos de transição, em que as instituições financeiras se adaptarão às novas regras, ajustando como aplicam os recursos da poupança e como estruturam seus financiamentos.

O que muda na prática?

1.    Uso total da poupança para crédito imobiliário
Hoje, os bancos precisam aplicar 65% dos depósitos da poupança em crédito habitacional. A partir de 2027, 100% dos depósitos serão direcionados ao crédito imobiliário. Isso significa mais dinheiro disponível para financiar casas e apartamentos, especialmente para famílias de classe média.

2.    Limite de juros sob controle
Dentro do novo modelo, 80% dos financiamentos precisarão seguir as regras do SFH — o que impõe um teto máximo de juros de 12% ao ano, já considerando taxas e tarifas, sendo que a nossa taxa básica de juros, a Selic, está em 15%, ou seja, juros mais baixos. É um avanço importante: cria um freio para o aumento dos juros imobiliários, que hoje muitas vezes ultrapassam esse patamar no mercado aberto.

3.    Imóveis com valores maiores entram no jogo
O limite do valor do imóvel financiável dentro do SFH também sobe: de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Isso traz imóveis de padrão mais alto para dentro do modelo — e pode estimular a classe média alta a financiar com juros mais competitivos.

4.    Fim (ou grande redução) do compulsório
Hoje, os bancos precisam deixar uma parte do dinheiro da poupança “parado” no Banco Central, o chamado compulsório. Esse percentual deve ser reduzido ou eliminado em 2027, liberando ainda mais recursos para o crédito habitacional. Em outras palavras: menos dinheiro travado, mais crédito disponível.

E os juros? Vão cair mesmo?

Essa é a pergunta de um milhão! O governo aposta que, com mais dinheiro circulando e menos restrições sobre o uso da poupança, os bancos terão espaço para reduzir os juros. A lógica é simples: mais oferta de crédito = mais concorrência = taxas mais competitivas.

Hoje, um financiamento imobiliário tradicional pode variar entre 10,99% e 13,5% ao ano + TR, dependendo do banco e do perfil do cliente. Com o novo modelo, a expectativa é que parte dessas operações se mantenha abaixo dos 11% nominais, especialmente dentro das novas faixas do SFH.

Mas atenção: o impacto real vai depender da Selic e do spread bancário (o lucro que o banco embute na taxa). Ou seja, o modelo cria as condições estruturais para juros menores, mas a execução prática ainda dependerá do cenário econômico.

E o que isso significa pra você?

     Mais opções de financiamento: especialmente para quem está na classe média e quer financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões.

     Taxas potencialmente menores: mas com atenção redobrada aos contratos: juros nominais de 10% ou 12% não significam custo real menor se houver correção monetária alta.

     Maior previsibilidade: já que o governo vai exigir que boa parte dos créditos siga o modelo SFH, com regras claras e teto de juros.

     Possibilidade de renegociação futura: contratos assinados antes da vigência plena poderão, em alguns casos, ser adaptados ao novo regime (a depender das condições do banco).

Por que você precisa se antecipar?

Quem começar a se planejar agora pode aproveitar a virada de 2027 da melhor forma possível. Isso significa entender seu perfil de crédito, ajustar sua capacidade de financiamento e até preparar uma estratégia de entrada no mercado imobiliário com juros mais baixos.

Esse tipo de movimento, planejado com dois anos de antecedência, é o que diferencia quem reage das pessoas que aproveitam as oportunidades.



Por que acompanhar essa coluna?

Porque aqui não vai ter “achismo”. Vou trazer dados confiáveis, legislação, simulações reais e pontuei, com você, os pontos positivos, de atenção e oportunidades possíveis nos cenários que surgem.

Se você:

     quer entender como essas mudanças podem afetar sua vida financeira;

     deseja planejar seus próximos passos com confiança;

     quer alguém de confiança para te orientar de forma personalizada —

Então essa coluna é para você.

Se gostou dessa abordagem, me siga nas redes sociais (@kauecarvalhoconsultor), marque nos comentários quem precisa entender isso também.