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CÂNCER DE PRÓSTATA ENTRA EM NOVA ERA COM CIRURGIAS ROBÓTICAS, TESTES GENÉTICOS E NOVAS DROGAS

 

O tratamento do câncer de próstata, o mais comum entre homens, está passando por uma verdadeira revolução. O avanço das cirurgias robóticas, dos testes genéticos e de novas terapias hormonais vem mudando o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.

Com a incorporação da cirurgia robótica ao SUS, anunciada em outubro de 2025, o Brasil dá um passo histórico. O método permite maior precisão nos movimentos, menos sangramento e recuperação mais rápida — reduzindo riscos de impotência e incontinência. “As cirurgias ficaram mais delicadas e seguras, com maior preservação dos nervos responsáveis pela ereção e pela continência urinária”, explica o urologista Vinicius Paníco, do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Estudos realizados no Hospital das Clínicas da USP mostram que o uso da tecnologia pode diminuir em até 25% o risco de impotência após a cirurgia. O desafio agora é ampliar o acesso, já que a rede pública ainda prioriza casos mais avançados.

Paralelamente, os testes genéticos vêm redefinindo o diagnóstico. A análise do DNA do tumor permite prever o comportamento da doença e personalizar o tratamento. “Nem todo câncer de próstata é igual. Com os testes genéticos, conseguimos definir a melhor estratégia para cada paciente”, explica o oncologista Igor Morbeck.

Nos casos mais graves, novos medicamentos — como apalutamida, enzalutamida e abiraterona — vêm prolongando a vida com menos efeitos colaterais. Eles bloqueiam os hormônios que alimentam o tumor e retardam sua progressão.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 71,7 mil novos casos e 17,5 mil mortes em 2025. A recomendação dos especialistas é clara: detecção precoce salva vidas. O exame de PSA e o toque retal, quando feitos com acompanhamento médico, permitem identificar a doença antes dos sintomas, com chances de cura acima de 90%.