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Caso Vitória: Maicol detalha última conversa com a vítima, mas polícia aponta contradições

 O homem preso pelo assassinato de Vitória Regina de Souza confessou ter agido sozinho. Maicol Sales dos Santos, de 23 anos, está detido desde 8 de março e revelou à polícia detalhes do último diálogo que teve com a vítima.

Em depoimento divulgado pelo Jornal Nacional, Maicol afirmou que manteve um relacionamento de um ano e meio com Vitória e que ela estaria ameaçando contar sobre o suposto caso à sua esposa. No entanto, os investigadores negam a existência de qualquer prova que confirme essa relação.

Última conversa e o crime

Segundo o relato de Maicol, a vítima já estava a caminho de casa quando os dois começaram a conversar. Ele teria convencido Vitória a entrar no carro e, em seguida, pediu que ela não revelasse o suposto relacionamento. De acordo com sua versão, a jovem teria reagido de forma agressiva, o que fez com que ele perdesse o controle e a atacasse.

Porém, a investigação aponta contradições no depoimento. Os policiais encontraram em seu celular diversas fotos de Vitória e de outras jovens com aparência semelhante, o que sugere uma possível obsessão pela vítima.

"Dentro do celular dele havia muitas fotos de meninas jovens muito parecidas. Ele comentou que era apaixonado por ela", revelou Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro.


 

Detalhes do crime e contradições na confissão

Maicol declarou que Vitória morreu rapidamente, sem conseguir gritar, devido à gravidade dos ferimentos. Segundo ele, o golpe fatal atingiu o pescoço da vítima, enquanto outro golpe acertou o peito.

Após o crime, ele entrou em desespero, levou o corpo para casa, colocou-o no porta-malas do carro, pegou uma enxada e dirigiu até uma estrada de terra, onde enterrou a vítima. A faca usada no crime teria sido descartada em um rio da região.

O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou que Vitória morreu por hemorragia, com três perfurações no rosto, pescoço e tórax. Não foram encontrados sinais de tortura ou violência sexual.

Além disso, a polícia identificou discrepâncias na confissão. O local onde o corpo foi encontrado era diferente do que Maicol indicou no depoimento. Para os investigadores, essa divergência pode ter ocorrido devido ao estado emocional alterado do criminoso.

A polícia segue investigando para esclarecer todas as circunstâncias do crime.