O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (3) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 10% sobre as importações do Brasil. Em resposta, Lula afirmou que o Brasil tomará medidas para proteger suas empresas e trabalhadores, citando a recém-aprovada Lei da Reciprocidade Econômica.
Brasil promete retaliação
Durante um evento do governo, Lula declarou que o Brasil não aceitará práticas protecionistas e exigirá tratamento igualitário nas relações comerciais. Ele reforçou que o país não tolera ameaças à democracia e defendeu a soberania nacional.
O Congresso Nacional, em reação à medida de Trump, aprovou um projeto que permite ao Brasil aplicar tarifas de retaliação a países que impõem taxas consideradas injustas. Essa nova legislação rompe com a regra da Organização Mundial do Comércio (OMC), que proíbe tarifas específicas contra nações parceiras.
Popularidade em baixa e novas estratégias
Apesar dos avanços econômicos, como a geração de empregos e o crescimento do PIB, Lula enfrenta queda na popularidade. Segundo pesquisa Quaest, a desaprovação do presidente subiu de 49% para 56%, atingindo o pior índice desde o início do mandato.
Para reverter esse quadro, o governo nomeou Sidônio Palmeira como novo ministro da Secom, que tem apostado em uma comunicação mais ativa e comparações com a gestão anterior. No entanto, a estratégia ainda não trouxe os resultados esperados.
Além da economia, temas como a alta nos preços dos alimentos e a segurança pública têm sido apontados como fatores que desgastam o governo. Lula prometeu enviar uma proposta de emenda constitucional para ampliar a participação da União na segurança pública, mas a medida ainda não foi encaminhada ao Congresso.