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Suspeito de matar arquiteto no Butantã é preso após se entregar à polícia em SP

 A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (4) um dos suspeitos envolvidos na morte do arquiteto Jefferson Dias, baleado após tentar impedir um assalto no bairro Butantã, na Zona Oeste da capital. O crime ocorreu na última segunda-feira (1º) e foi registrado por câmeras de segurança da região.

O suspeito, de 20 anos, teria sido o autor dos disparos que atingiram Jefferson. De acordo com a investigação, ele já possuía duas passagens por roubo. A prisão foi realizada após o jovem se apresentar voluntariamente no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), acompanhado de seu advogado.

O comparsa, que aparece em outra moto nas imagens do crime, ainda não foi localizado. Segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais.

Arquiteto tentou impedir fuga de assaltante

Jefferson Dias, de 43 anos, foi baleado após jogar seu carro contra a moto usada por um assaltante para tentar impedir a fuga. O criminoso havia acabado de roubar o celular e a aliança de uma mulher na Rua Desembargador Armando Fairbanks, no Butantã.

Ao cair da moto, o assaltante sacou uma arma e atirou três vezes contra o arquiteto, que morreu pouco depois de ser socorrido ao Hospital Universitário. O passageiro que estava no carro com Jefferson conseguiu fugir ileso. Já a vítima do assalto não sofreu ferimentos. A moto utilizada pelos criminosos era roubada, segundo a polícia.



Luto e indignação

Jefferson era recém-casado e planejava construir uma família. A irmã dele, Jaqueline Dias, relatou o impacto da perda: “Vai faltar ele em todos os almoços aqui em casa, vai faltar ele mandando mensagem. Vai ser horrível, vai faltar um pedaço gigante”, disse em entrevista.

A família já havia enfrentado outra tragédia: o pai de Jefferson foi assassinado quando ele ainda era criança, durante uma briga em um bar de sua propriedade.

O velório e o enterro do arquiteto ocorreram nesta quinta-feira (3), no Cemitério Parque dos Ypês, em Itapecerica da Serra.

Dados sobre violência em SP

O caso de Jefferson foi registrado como latrocínio — roubo seguido de morte — e integra as estatísticas de crimes violentos na capital paulista. No primeiro bimestre de 2025, São Paulo registrou nove casos de latrocínio, uma redução de 25% em relação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 12.

Por outro lado, os homicídios dolosos aumentaram 16%, passando de 81 ocorrências no início de 2024 para 94 nos dois primeiros meses deste ano.