Juliana Marins, de 24 anos, foi encontrada por equipes de resgate em uma área rochosa a cerca de 500 metros abaixo de um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi divulgada pelo Parque Nacional que administra a região.
A jovem, que estava em viagem pela Ásia, desapareceu na última sexta-feira (20) após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani. Segundo os socorristas, Juliana foi visualizada na manhã desta segunda-feira (23), no horário local, por meio de um drone. Ela estava em uma área de difícil acesso, aparentemente imóvel, e presa entre formações rochosas.
A operação de resgate enfrenta desafios significativos. De acordo com comunicado oficial, a equipe precisou recuar temporariamente devido à neblina espessa, que reduz a visibilidade e aumenta o risco de acidentes. Condições climáticas instáveis e terreno acidentado complicam ainda mais a ação dos socorristas.
Na tarde desta segunda, o governador da província de Nusa Tenggara Ocidental realizou uma videoconferência com as autoridades envolvidas, sugerindo o uso de helicópteros para acelerar a operação de resgate.
De acordo com a família, Juliana escorregou e caiu cerca de 300 metros durante a trilha. Ela estaria em situação crítica e continua escorregando pela encosta desde o acidente, já somando mais de 60 horas sem socorro direto.
Itamaraty acompanha de perto
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que o Itamaraty está acompanhando o caso desde o início, com apoio direto da Embaixada do Brasil em Jacarta. As autoridades brasileiras têm solicitado reforços e maior apoio logístico por parte do governo indonésio, mas as condições naturais da região continuam sendo o principal obstáculo.
Entre os desafios para o resgate estão:
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Terreno íngreme e de difícil acesso: Juliana caiu em uma área de difícil aproximação, o que impede o deslocamento ágil das equipes terrestres.
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Neblina intensa: A visibilidade comprometida dificulta a localização exata da vítima e impede ações seguras.
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Risco de escorregamento: O sereno da madrugada deixa as rochas ainda mais escorregadias, tanto para os socorristas quanto para a vítima.
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Limitações logísticas: Segundo a irmã de Juliana, as cordas levadas pelos socorristas não foram suficientes para alcançar a área onde ela se encontra.
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Falta de helicóptero: A família vê no uso de helicóptero a única alternativa viável no momento, embora esse recurso ainda não tenha sido utilizado.
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Estado clínico incerto: Juliana foi vista movendo apenas os braços após a queda. Em vídeos anteriores, ela parecia consciente, mas sua condição atual preocupa.
Além disso, o local onde ela foi vista por último pode não ser o mesmo, pois acredita-se que ela tenha escorregado ainda mais pela montanha, o que torna o resgate ainda mais delicado.