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Ex-manobrista fatura R$ 12 mil por mês com startup que transforma lixo dos rios em plástico reciclado

Uma iniciativa criada em Manaus (AM) está mostrando que é possível unir preservação ambiental e geração de renda. A startup, idealizada por Jadson Maciel, ex-manobrista, retira resíduos plásticos dos rios da região e transforma esse material em matéria-prima para a indústria e o setor público. O negócio já fatura cerca de R$ 12 mil mensais e acumula mais de R$ 2 milhões em investimentos.

A ideia surgiu em 2016, quando Jadson começou a alugar pranchas de stand up paddle no rio Tarumã, afluente do Rio Negro, e passou a organizar mutirões de limpeza. Durante as atividades, ele percebeu a quantidade alarmante de lixo nas águas, principalmente garrafas PET, e decidiu transformar a indignação em ação concreta.





Hoje, a empresa opera com duas embarcações especialmente desenvolvidas para recolher plástico flutuante, batizadas com nomes de personagens do folclore amazônico: Iara e Mapinguari. Após a coleta, o material é enviado para uma central de reciclagem, onde passa por processos de lavagem, trituração e secagem até se tornar um polímero reutilizável.

Esse plástico reciclado pode ser reaproveitado para a fabricação de itens como sacolas, móveis, paletes e compensados. “Nosso objetivo é mostrar que o plástico reciclado tem valor econômico e pode voltar ao ciclo produtivo”, explica Guilherme Motta, técnico da startup.

O primeiro contrato fechado foi com uma fábrica local de sacolas. Atualmente, a empresa também fornece para prefeituras e outras instituições públicas. Segundo Jadson, a proposta vai além do lucro: “Queremos recuperar os rios e estimular a consciência ambiental da população.”

Com o sucesso do modelo, o plano agora é expandir a operação e levar a ideia para outras regiões do Brasil.