Estreia nesta quinta-feira (5), na plataforma Max, a série Chespirito: Sem querer querendo, uma dramatização da vida de Roberto Gómez Bolaños, criador de personagens emblemáticos como Chaves e Chapolin. Com oito episódios semanais, a produção busca retratar tanto o sucesso quanto os conflitos pessoais e profissionais do humorista mexicano.
Apesar da expectativa do público, a série já chega cercada de polêmicas. Dois dos nomes mais importantes do elenco original — Florinda Meza e Carlos Villagrán — foram retratados com nomes fictícios, o que causou forte reação. Meza, viúva de Bolaños e intérprete da Dona Florinda, virou “Margarita Ruíz” na produção. Já Villagrán, o eterno Quico, foi transformado em “Marcos Barragán”.
Florinda Meza criticou publicamente a escolha. Ainda em 2024, afirmou nas redes sociais que a série não respeita sua história nem a de Bolaños: “Isso causaria grande dor ao Roberto”, escreveu. A atriz mantém uma relação conflituosa com os filhos de Bolaños, que participam da produção junto à Max. Desde a saída da série original da TV, em 2020, ela se mostra ativa na defesa do legado do marido.
Carlos Villagrán, por sua vez, não se manifestou diretamente, mas sua saída do projeto reforça o distanciamento que mantém desde sua ruptura com Bolaños nos anos 1970.
A série também aborda o relacionamento entre Bolaños e Meza, que começou após a separação dele de Graciela Fernández, mãe de seus seis filhos. Ao mesmo tempo em que presta homenagem ao criador de Chaves, a produção levanta questionamentos sobre quem detém o direito de contar sua história.
Chespirito: Sem querer querendo tenta ir além do humor, mergulhando nos bastidores e nas tensões de uma figura que marcou gerações na América Latina.