A influencer Barbarhat Sueyassu, de 29 anos, compartilhou nas redes sociais como o diagnóstico de vitiligo universal ainda na infância afetou não apenas sua aparência, mas também sua relação com a identidade racial.
A condição autoimune, que causa a perda de pigmentação em praticamente toda a pele, deixou Barbarhat com um tom de pele completamente branco — algo que, segundo ela, dificultou seu processo de identificação étnico-racial durante a juventude.
“Eu não posso excluir isso por conta do vitiligo. Eu não posso apagar minha ancestralidade por conta de uma condição autoimune que não altera nada no genótipo”, afirmou.
Barbarhat se identifica hoje como parda e relembra que, por muitos anos, não sabia como responder quando questionada sobre sua raça. Por não se enxergar como branca, mas também não entender como o vitiligo se encaixava na categorização racial, costumava marcar a opção "outra" em formulários e questionários.
“A minha mudança de identidade racial foi uma questão confusa para mim. Eu nasci de uma família, por parte de mãe, parda; e, por parte de pai, há uma miscigenação oriental e branca — então tem mestiços.”
A influencer ainda comentou como o caso de Michael Jackson, também diagnosticado com vitiligo, foi cercado de fake news, o que só reforça os estigmas e a desinformação sobre a condição.
Barbarhat utiliza suas plataformas para falar abertamente sobre o impacto psicológico, estético e social do vitiligo, buscando promover autoaceitação, combater o preconceito e ampliar o debate sobre identidade racial em pessoas com a pele despigmentada.