A Justiça de Ubatuba decidiu soltar Alessandro Neves Santos Ferreira, de 24 anos, acusado e confesso do assassinato da jovem jundiaiense Sarah Picolotto dos Santos, de 20 anos. A decisão ocorreu durante a Audiência de Custódia, mesmo com o pedido do Ministério Público pela manutenção da prisão.
Sarah foi encontrada em uma área de mata no bairro Rio Escuro, sem roupas e sem seus pertences pessoais. O acusado confessou o crime, afirmando que houve relação sexual consensual antes do homicídio, e disse ter jogado as roupas e o celular da vítima em uma cachoeira. Ele alegou ter cometido o ato após sentir-se ofendido e sob efeito de drogas.
A Polícia Civil, sob coordenação do delegado Eduardo Cembranelli, investiga se houve violência sexual, incluindo a possibilidade de estupro coletivo. Testemunhas apontaram que a vítima teria deixado a casa onde estava hospedada acompanhada de outros quatro homens, além de Alessandro.
O corpo de Sarah foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caraguatatuba, onde passará por exames necroscópicos, toxicológicos e de DNA. Esses laudos devem ajudar a esclarecer se a jovem sofreu violência sexual antes de ser morta.
A notícia da morte causou comoção em Jundiaí, onde Sarah era conhecida por amigos e colegas de trabalho. Ex-aprendiz da Coopercica, ela era descrita como uma jovem alegre e querida por todos.
A decisão judicial gerou forte reação. O Instituto “Todas por Uma” emitiu nota de repúdio, classificando a liberação do suspeito como “inadmissível” e um sinal de negligência com a vida das mulheres. A entidade destacou que há indícios de violência sexual e cobrou ações efetivas da Justiça para que não haja impunidade.
As investigações continuam sob responsabilidade da Delegacia Seccional de São Sebastião e do Deinter-1, em São José dos Campos.