Uma bebê de apenas um ano e três meses, vítima de espancamento em Jundiaí, faleceu no final da tarde desta quinta-feira (25). Internada desde a última sexta-feira (19), a criança não resistiu às graves lesões e ferimentos provocados pela própria mãe, segundo informações apuradas pelas autoridades.
De acordo com os registros médicos, a bebê foi levada inicialmente à UPA Vetor Oeste, já em estado crítico, após sofrer quatro paradas cardíacas durante o atendimento de emergência. Em seguida, foi transferida ao Hospital Universitário (HU), onde permaneceu internada. O diagnóstico revelou múltiplas lesões, clavícula fraturada, queimaduras no couro cabeludo e pescoço, além de hematomas espalhados pelo corpo.
Este não era o primeiro episódio de violência sofrido pela criança. Em fevereiro deste ano, ela também deu entrada no mesmo hospital apresentando lesões nos braços, marcas de mordidas e sinais de desnutrição, permanecendo internada por cerca de oito dias. Mesmo após aquele episódio, os maus-tratos continuaram e se intensificaram nos últimos dias, culminando na tragédia desta semana.
O Hospital Universitário divulgou nota oficial comunicando o falecimento:
"É com profundo pesar que o Hospital Universitário informa o falecimento da bebê, de 1 ano e 3 meses. O óbito foi constatado nesta data, às 17h50. Manifestamos nossos sentimentos à família e reiteramos nosso compromisso com a assistência prestada."
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A mãe da criança foi detida e deve responder por homicídio qualificado, além de maus-tratos. O Conselho Tutelar também acompanha a ocorrência.
A morte da bebê causa grande comoção em Jundiaí e reacende o debate sobre a necessidade de fortalecer mecanismos de proteção à infância, já que a vítima havia apresentado histórico anterior de agressões e desnutrição, sem que houvesse a interrupção definitiva do ciclo de violência.
Mais informações sobre a investigação devem ser divulgadas nos próximos dias.