Escalada de tensão entre EUA e Venezuela: de bombardeio a envio de caças F-35

 


A tensão entre Estados Unidos e Venezuela atingiu novo patamar nesta sexta-feira (5/9), após o governo de Donald Trump ordenar o envio de 10 jatos F-35 ao Caribe, em resposta ao sobrevoo de caças venezuelanos armados sobre o destróier norte-americano USS Jason Dunham.

O conflito atual teve início com o bombardeio de um barco no Caribe, atribuído à gangue venezuelana Tren de Aragua, que o governo dos EUA classificou como organização terrorista. Segundo Washington, a embarcação transportava drogas e 11 pessoas morreram na operação. Trump acusou o presidente Nicolás Maduro de chefiar a gangue e responsabilizou-o por tráfico de drogas, assassinatos em massa e outros crimes.

Linha do tempo da escalada

  • 7 de agosto: EUA dobram recompensa por Maduro, agora em US$ 50 milhões, por informações que levem à sua prisão ou condenação, citando ameaças à segurança nacional.

  • 8 de agosto: Venezuela reage, com o ministro da Defesa Vladimir Padrino Lopez criticando acusações dos EUA.

  • 14 de agosto: EUA começam a enviar tropas e reforços navais ao sul do Caribe, autorizados por ordem secreta de Trump.

  • 19 de agosto: Trump promete usar “toda a força” contra o regime venezuelano; Maduro mobiliza 4,5 milhões de milicianos.

  • 28 de agosto: Maduro visita tropas em farda militar; navios de guerra dos EUA chegam ao Caribe.

  • 29 de agosto: Venezuela envia carta à ONU pedindo ajuda e condenando operação americana.

  • 4 de setembro: Dois caças venezuelanos sobrevoam destróier americano; Pentágono classifica como “altamente provocativa”.

  • 5 de setembro: EUA enviam 10 jatos F-35 para Porto Rico, para apoiar operações contra cartéis no sul do Caribe.

Maduro prometeu uma “luta armada” em caso de agressão e classificou a movimentação americana como a maior ameaça à América Latina do último século, reforçando que a Venezuela não se curvará a pressões externas.

Especialistas alertam que os episódios elevam as especulações sobre uma possível intervenção militar dos EUA na Venezuela, intensificando o risco de conflito na região.

Fonte: g1