As exportações de soja do Brasil devem atingir 6,75 milhões de toneladas em setembro, crescimento em relação às 5,16 milhões registradas no mesmo mês de 2024, segundo projeção divulgada nesta quinta-feira (4) pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Apesar da alta anual, o volume será menor do que o exportado em agosto, quando a soja, o milho e o farelo ficaram abaixo das expectativas iniciais. Ainda assim, a Anec reafirmou que 2025 deve registrar recorde histórico de exportação de soja, impulsionado pela demanda da China, que respondeu por 84% das compras brasileiras em agosto.
“Entre outubro e dezembro, a expectativa é embarcar cerca de 16 milhões de toneladas, consolidando a projeção de um volume recorde de 110 milhões de toneladas no ano”, informou a Anec.
No caso do milho, o cenário é inverso. As exportações previstas para setembro são de 6,37 milhões de toneladas, abaixo das 6,56 milhões do mesmo período de 2024 e distante dos 7,3 milhões de agosto. Segundo a Anec, a redução está ligada à forte concorrência com os Estados Unidos, que projetam safra recorde em 2025, além de menor participação da China nas importações.
O farelo de soja deve registrar 1,94 milhão de toneladas exportadas, levemente acima dos 1,62 milhão de setembro de 2024, mas ainda próximo ao resultado de agosto.
Em agosto, os embarques totais de soja, milho e farelo somaram 17,4 milhões de toneladas, abaixo da estimativa de 18,83 milhões divulgada na semana anterior. Para setembro, a previsão é de pouco mais de 15 milhões de toneladas, o que deve aliviar a logística portuária após meses de forte movimentação.
Com a demanda chinesa concentrada no Brasil e na Argentina, o país se consolida como líder global nas exportações de soja, enquanto o milho enfrenta desafios para manter competitividade no mercado internacional.