Uma mulher de 51 anos foi presa em Várzea Paulista após planejar a tortura de um menino de 11 anos, motivada pelo roubo de um celular. A ação contou com a participação de sua filha de 14 anos, que foi orientada a “bater à vontade” na vítima. Em depoimento à Polícia Civil, a acusada afirmou que queria fazer “justiça” com as próprias mãos, mas disse estar arrependida do que fez.
Segundo o relato da mulher, o celular furtado era “novinho” e havia sido dado para sua filha. A criança que cometeu o furto não revelou o destino do aparelho, e a mãe não registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil. Até o momento, o celular não foi recuperado.
Durante o episódio, o menino foi amarrado a uma barra de ferro próxima a um poço e sofreu agressões físicas por vários minutos. A Polícia Civil encaminhou a criança para escuta especializada e garantirá atendimento psicológico para minimizar os efeitos do trauma.
A filha da acusada, de 14 anos, foi encaminhada para uma unidade de atendimento a adolescentes infratores na Capital, onde receberá acompanhamento especializado.
A mãe foi recolhida à Cadeia Feminina de Itupeva e ambas, mãe e filha, passarão por audiência de custódia nesta sexta-feira no Fórum de Jundiaí. A Justiça definirá medidas cautelares e encaminhamentos legais adequados.
O caso chamou atenção pela gravidade da violência e pelo envolvimento familiar, reforçando a importância de acionar autoridades competentes diante de crimes, mesmo quando praticados por menores. Especialistas destacam que tentar fazer “justiça com as próprias mãos” pode gerar consequências graves para vítimas e autores, além de comprometer a investigação.
A Polícia Civil segue investigando o caso, buscando esclarecer todos os detalhes e responsabilizar os envolvidos de acordo com a legislação vigente.
