Uma das integrantes do Conselho Tutelar 3 de Jundiaí (SP) pediu renúncia do cargo enquanto é investigada por suspeita de omissão no caso do bebê de um ano e três meses que morreu após dar entrada no hospital com sinais de violência e desnutrição, em 25 de setembro.
De acordo com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o pedido de desligamento foi justificado por motivos de saúde. Apesar disso, a conselheira continuará sendo alvo da apuração.
O caso ganhou repercussão depois que uma médica acionou a polícia ao identificar diversas lesões no corpo da criança. Segundo o boletim de ocorrência, o bebê chegou ao hospital em estado grave, apresentando fraturas, queimaduras no couro cabeludo e ferimentos espalhados pelo corpo.
Cinco dias depois da internação, a morte encefálica foi confirmada. A mãe, de 23 anos, foi presa por lesão corporal grave e violência doméstica. Ela alegou que chacoalhou o filho na tentativa de reanimá-lo.
Durante a perícia na residência, foram encontrados vestígios de sangue no berço, no colchão e em uma área próxima à cozinha.
O delegado responsável pelo caso, Rafael Diório, do 5º Distrito Policial de Jundiaí, afirmou que as investigações indicam que o bebê sofria agressões frequentes desde fevereiro, quando deu entrada pela primeira vez no Hospital Universitário (HU) da cidade.
“São condutas que vão muito além de maus-tratos. As lesões indicam violência constante, com fraturas, queimaduras e um quadro de desnutrição. É uma situação que se aproxima da tortura, um caso realmente muito triste”, declarou o delegado.
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