Conferência em Brasília reúne autoridades e ativistas para discutir ações de inclusão e proteção à comunidade.
Ministras, parlamentares e representantes da comunidade LGBTQIA+ de várias regiões do país se reuniram em Brasília para discutir políticas públicas e ações sociais que promovam a igualdade e o combate à discriminação. O evento faz parte da 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que segue até sexta-feira (25).
Com o tema “Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+”, a conferência busca ser um espaço de escuta, troca de experiências e formulação de propostas para fortalecer os direitos dessa população. Mais de 1,5 mil participantes participam das discussões.
Representatividade e desafios
A ativista baiana Jovanna Cardoso, conhecida como Jovanna Baby, destacou que 73% das pessoas trans no Brasil são negras, e reforçou a necessidade de que programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, sejam mais acessíveis às pessoas trans e travestis.
A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, afirmou que o ativismo tem papel essencial na consolidação dos direitos e no enfrentamento à violência.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, também anunciou a criação de um grupo de trabalho para investigar casos de violações contra pessoas LGBTQIA+. Ele destacou o alto índice de desemprego entre pessoas trans e a importância de pesquisas contínuas sobre o tema.
Participação de ministras
Quatro ministras participaram da abertura do evento.
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Márcia Lopes (Mulheres) defendeu a ampliação das cotas para pessoas LGBTQIA+.
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Sônia Guajajara (Povos Indígenas) destacou que “não há avanço nas políticas públicas sem respeito à diversidade”.
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Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) afirmou que o evento simboliza o retorno das discussões sobre direitos da comunidade e criticou o retrocesso das políticas públicas no governo anterior.
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Macaé Evaristo (Cidadania e Direitos Humanos) recebeu relatórios sobre diferentes tipos de violência e defendeu a construção de uma política nacional inclusiva.
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