Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Unifal, analisou 70 brinquedos plásticos fabricados no Brasil e encontrou 21 elementos com potencial tóxico, incluindo bário, chumbo, cádmio, crômio, arsênio e urânio.
O bário foi o mais preocupante: 44,3% das amostras ultrapassaram os limites legais, com concentrações de até 15 vezes acima do permitido, podendo causar arritmias e paralisias. O chumbo também apresentou níveis quase quatro vezes superiores ao permitido, com risco de danos neurológicos e redução do Q.I. em crianças.
O estudo aponta que muitos brinquedos não seguem as normas do Inmetro nem da União Europeia, evidenciando falhas na fiscalização. Os pesquisadores defendem vigilância mais rigorosa e rotineira, principalmente em produtos importados e de fabricação nacional com padrões de controle menos rigorosos.
