Israel anunciou nesta terça-feira (14) que vai reduzir o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza após o grupo Hamas não devolver todos os corpos de reféns mortos no ataque de 7 de outubro de 2023, informou a Reuters. A medida inclui a manutenção do fechamento da passagem de Rafah, principal porta de entrada de suprimentos pelo sul do território, pelo menos até quarta-feira (15).
O Hamas havia se comprometido, no acordo de cessar-fogo da semana passada, a liberar todos os 48 reféns mantidos em Gaza, incluindo os restos mortais de 28 vítimas. Até agora, 20 reféns foram libertados com vida e quatro corpos foram entregues. O grupo pediu mais tempo alegando não saber o paradeiro dos demais corpos.
Em resposta, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa internacional, com apoio dos Estados Unidos e de Israel, para localizar os corpos ainda desaparecidos.
Enquanto isso, ONU e Cruz Vermelha pedem a abertura urgente de todas as passagens fronteiriças. O porta-voz do CICV, Christian Cardon, afirmou que a entrada de ajuda precisa ocorrer “em caráter de urgência”, e Jens Laerke, do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), destacou que 190 mil toneladas de ajuda humanitária estão prontas para envio.
Em paralelo, o Exército israelense confirmou disparos contra cinco suspeitos que teriam violado as linhas militares na Faixa de Gaza. As autoridades israelenses classificaram o episódio como violação do cessar-fogo e alertaram para que os palestinos não se aproximem das tropas.
A situação mantém a tensão na região, enquanto organizações humanitárias pedem acesso imediato para garantir alimentos, medicamentos e suprimentos básicos à população civil de Gaza.
