Prévia da inflação fica em 0,18% em outubro, com queda dos alimentos

A prévia da inflação oficial de outubro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou alta de 0,18%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração em relação a setembro, quando o índice havia subido 0,48%.

O principal fator de pressão no mês foi o aumento dos combustíveis, enquanto o grupo de alimentos e bebidas registrou queda pelo quinto mês consecutivo, contribuindo para conter o avanço da inflação.

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,94%, abaixo dos 5,32% registrados no período anterior, mas ainda acima da meta de inflação do governo, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (máximo de 4,5%).

Instituições consultadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, projetam que o IPCA deve encerrar 2025 em 4,7%.

Principais influências

Dos nove grupos de produtos e serviços avaliados, cinco apresentaram alta entre setembro e outubro:

  • Vestuário: 0,45%

  • Despesas pessoais: 0,42%

  • Transportes: 0,41%

  • Saúde e cuidados pessoais: 0,24%

  • Habitação: 0,16%

alimentação e bebidas tiveram leve queda de 0,02%, influenciadas por reduções nos preços da cebola (-7,65%), ovos (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1%).



Combustíveis e passagens aéreas pressionam

O grupo transportes exerceu a maior influência de alta no índice, com impacto de 0,08 ponto percentual. Os combustíveis subiram 1,16%, com destaque para a gasolina (0,99%) e o etanol (3,09%). As passagens aéreas também tiveram aumento expressivo, de 4,39%.

Conta de luz ajuda a conter inflação

No grupo habitação, a alta desacelerou de 3,31% em setembro para 0,16% em outubro, reflexo da queda de 1,09% na energia elétrica residencial. A redução foi puxada pela mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para patamar 1, que reduziu a cobrança adicional na conta de luz de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Com isso, a energia elétrica foi o item que mais ajudou a conter o índice geral, com impacto negativo de 0,05 ponto percentual no IPCA-15.