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Tarcísio rebate acusações do PT e critica Haddad após derrota da MP da taxação na Câmara

 

Governador de São Paulo diz ser alvo de “campanha de desconstrução” e nega ter articulado contra o governo Lula

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reagiu nesta quinta-feira (9) às acusações do Partido dos Trabalhadores (PT) de que teria atuado para derrubar a Medida Provisória da Taxação, proposta pelo governo federal para aumentar impostos e reforçar a arrecadação. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o governador classificou as críticas como uma tentativa de “desconstrução de imagem” e atacou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros. Cortem gastos, saiam do palanque e trabalhem”, afirmou Tarcísio, defendendo que sua gestão está “focada em governar São Paulo e entregar resultados concretos à população”.

A MP da Taxação previa medidas como a unificação da alíquota de 18% do Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras — incluindo criptomoedas —, o aumento da CSLL de 9% para 15% para fintechs e instituições de pagamento e a elevação da tributação sobre apostas esportivas (“bets”) de 12% para 18%, proposta que acabou mantida em 12% após pressão no Congresso. O texto também previa a taxação de investimentos atualmente isentos, como LCIs e LCAs, mas o ponto foi retirado por falta de apoio.

A medida foi derrubada pela Câmara dos Deputados por 251 votos a 193, com apoio majoritário do centrão. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), agradeceu publicamente o empenho de Tarcísio: “Ele tem sido um gigante no diálogo com os partidos de centro para construir uma coalizão contra o aumento de impostos.”

Aliados do governo federal classificaram o resultado como uma “sabotagem política”, vendo na derrota da MP um esforço para impedir uma vitória política do presidente Lula em meio à antecipação das disputas eleitorais.

Em resposta, Tarcísio negou qualquer articulação contra o Planalto: “Estou trabalhando por São Paulo, para mudar a vida das pessoas e fazer a diferença. Acusar-me de evitar que o governo cobre mais impostos beira o absurdo.”

Com a derrubada na Câmara e o prazo expirado, a MP perdeu a validade antes de ser votada no Senado, e as novas regras de tributação previstas não entrarão em vigor.