Corretor de imóveis é preso após queimar roupas e pertences da esposa em Cabreúva

 Um corretor de imóveis de 42 anos foi preso em flagrante em Cabreúva após atear fogo em roupas e objetos pessoais de sua companheira, com quem mantinha união estável há 16 anos. O caso ocorreu no bairro Jacaré e foi registrado como ameaça, dano qualificado e violência doméstica.



A Polícia Militar foi acionada via COPOM para atender a ocorrência. No local, os policiais De Freitas e Braconaro encontraram a vítima, uma gerente de 30 anos, tentando entrar em casa, impedida pelo marido. Na garagem da residência, foram constatadas chamas destruindo pertences da mulher.

Segundo relatos, o casal estava em processo de separação há cerca de um mês, mas ainda morava na mesma residência. Enquanto a mulher estava na academia, recebeu uma ligação do companheiro exigindo que voltasse imediatamente. Ele ameaçou causar escândalo e queimou seus pertences quando ela não retornou. Vinte minutos depois, enviou um vídeo mostrando suas roupas, celular, mochila de trabalho com uniformes, chaves e cartões bancários sendo destruídos. Durante a ação, proferiu ameaças, dizendo que a vítima “não se livraria dele” e que era melhor não dormir em casa.

O suspeito afirmou que agiu impulsionado por “emoções” e que a mulher o teria provocado, alegando ainda ter levado socos ao tentar pegar o celular dela. A vítima, no entanto, negou qualquer agressão física e confirmou ter sofrido ameaças e deboche do companheiro, mesmo diante da polícia. Ela solicitou medidas protetivas de urgência, não apresentando lesões físicas.

O delegado Elvis Rodrigues Rocha determinou a prisão em flagrante pelos crimes de ameaça qualificada e dano qualificado com uso de substância inflamável. O flagrante foi confirmado por depoimentos, vídeo anexado aos autos e declarações da vítima. A fiança não foi arbitrada devido à situação de vulnerabilidade da mulher. O delegado afastou a tipificação de incêndio, considerando que o fogo ocorreu em local isolado, sem risco à população.

O suspeito foi conduzido à delegacia sem algemas, e a vítima foi orientada sobre seus direitos previstos na Lei Maria da Penha e sobre a rede de apoio disponível para proteção.